O DELICADO VÉU DA POESIA

Noites cheias de estrelas eram suas prediletas,
Carregava em sua alma um perfumado jardim,
Vivia entre flores e doces e iluminados sonhos,
Sua suave sensibilidade reluzia tal qual o cetim.

Tentando sempre explicar o significado do amor,
Versejava apaixonadamente com sensível leveza.
Feito flor, exalava o seu perfume em seus versos,
Despetalando-se em suas fantasias com sutileza.

Deixava rastros de amor em tudo o que ela escrevia,
Sempre disfarçando seus versos com aroma de flores.
Que ela vivia uma imensurável solidão, ninguém sabia.

Nesse seu mundo ilusório se aconchegava todos os dias,
Mas seu coração repetidas vezes passeava em saudades.
Só o delicado véu da poesia aquecia as suas noites frias.

Denise Alves de Paula
02.12.14