Vem noite!

Vem noite! Amorosa de escura sobrancelha,

Restitui-me a alma antes que venha a fenecer,

Corte-me em pedacinhos a caber na algibeira,

Para que no céu brilhe como estrelas a viver,

E das estrelas não tiro sequer um vil julgar,

Pois não ouso predizer o que há no céu,

Vem noite, cede-me a alforria do luar,

Creio ser um astrônomo rumo a seu léu,

Vem gêmea noturna e não escuse sinal,

Dos teus olhos negros astro constante é,

E leio a astronomia de todo teu astral,

Como a beleza e verdade que há na fé,

E tolo, creio possuir astronomia,

Com olhar pueril a tua sabedoria,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 04/12/2014
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