Estima.

Não sei dizer se fado bom ou tormento,

Nem de praga e penúria ouso chamar,

Embora creio fazer fino o julgamento,

Das coisas que por hora me fazem amar,

A ti se faz esse tal contentamento,

E que bem proclamo todo esse clima,

Chamo de estação o frescor do momento,

No broto do verso a florir a leve rima,

E de tal forma no hálito primaveril do vento,

Como pétala só, que no ar se inclina,

De um lado a fúria do amor que intento,

Oposto a aridez fugaz que atina,

Se teu olhar se veste de real portento,

Ei de ama-la com toda estima,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 04/12/2014
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