Como as ondas.

Quando o rebento a rosa precede o desabrochar,

E a noite se envaidece na tarde despedida,

Coisas que no tempo hão de transmutar,

Dando a cada coisa certo destino nessa vida,

Quando no vento ouço o içar da vela a grivar,

E o astro lunar a luzir os batéis e pontões,

O timão dando a proa um rumo a tomar,

A bombordo as terras de firme corações,

E ver crescer no ímpeto das emoções,

E tendo outra vista o faminto mar,

Tê-la, faz-se a melhor das embarcações,

Tendo doce ancoradouro para lhe aportar,

E ver-me prisioneiro as tuas tentações,

Como as ondas que partem e tornam voltar,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 10/12/2014
Reeditado em 10/12/2014
Código do texto: T5065296
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