MENINA...

Eu sou o que te caça em dimensões estranhas,

Seguindo o teu odor que adentra o meu palato

E faz com que meus nervos te sintam no tato

Profundo e latejante das minhas entranhas...

Eu sou o que te serve amor numa bandeja

E em cálices de carne te dedico abrigo...

Secando as tuas lágrimas no lenço amigo

Que eu levo nessa boca ardente que te beija...

Eu sou o teu escravo, dono, amante e efebo!

E em tua derme santa eternamente eu bebo

O néctar sublime que embala o lirismo...

Eu sou o que falece se não estás por perto;

- Ressuscitando nesse impávido deserto

Das ficções eróticas do onanismo...

(Nizardo)

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Xerinho.