O FILHO QUE ME MENTISTE

E é uma sonolência mais ainda uma tortura

Que me prende a vontade e traz-me a inércia

Sempre com sabor agridoce à clausura

Que me nasce na alma em prol de uma dormência

Que teima em sorrir como se eu fosse nada

E tivesse presente a dor de dar à luz

Sem a alegria de ver meu filho ser a escada

Que fosse singrando a horizonte na contraluz

Ditando-me o sonho embargado apertado por grilhões

Fazendo-me tropeçar a cada recanto

Aonde hoje Já não chego nem tenho acalanto

Jamais esse filho será o nosso - feito devoções

Tantas vezes sonhado até ao dia em que me deixaste

E eu assim e tu… que nem uma só lágrima entornaste.

Jorge Humberto

22/12/14

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 23/12/2014
Código do texto: T5078946
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