“Por detrás de uma grande fortuna há um crime.” Honoré de Balzac

Iniquidade

Se os bens que há na terra são finitos
e alguém tem muito mais do que os demais,
quem há de esperar que haja paz
no chão depauperado dos aflitos?

Se o homem que ter mais, cada vez mais,
e os bens que há na terra são finitos,
há de faltar na mesa dos aflitos
a essência, com a qual, a paz se faz.

É fácil achar o xis dessa equação:
quando alguém multiplica o seu quinhão,
há um quinhão a menos para alguém.

E pra cada quinhão, que se consome,
há um alguém a mais a passar fome
e a repartir o pouco que inda tem.

O pobre vive a vida a dar  amém,
ao fausto, que osteta um sobrenome.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/12/2014
Reeditado em 28/04/2019
Código do texto: T5080669
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