O vento e os astros

Sobre o vasto Cosmos já dimana o vento

Já se derrama em sua cólera nos astros

E se espalha quase tonto pelos rastros

D'explosões de tanta estrela em tormento

Quase bêbado em lilases nebulosas

Vai o vento - não se sabe de onde veio

Contorcendo-se em pegadas de volteio

De cabeças de cavalo revoltosas

Venta, volta! Vai, veleja, vento-em-vão!

Quanto mais rodeia essa constelação

E revolve-se ao seu útero retorna

Pasmam todas criaturas do vazio

Que banharam-se em seu voo arredio

Semeando toda a vida que se amorna

Áquila Teófilo
Enviado por Áquila Teófilo em 31/12/2014
Reeditado em 31/12/2014
Código do texto: T5086302
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