ETERNA MÁGOA...
Um dia eu quis saber, talvez, por simpatia
O que afligia o encanto e tanto magoava
Àquela linda face que outrora sorria
Distribuindo sonhos, por onde passava...
Com os olhos submersos em desilusão,
Usando um lenço branco ela os deixou enxutos...
Sentou-se do meu lado, apertou minha mão
E ficou pensativa por alguns minutos...
- Amigo, me envolvi, na flor da mocidade,
Com quem não me deu paz, carinho ou amizade,
E nessa solidão, há anos, eu convivo...
Na rua o acompanho e sirvo de deleite...
Em casa, sou esposa, apenas de enfeite...
Na vida, eu sou viúva de um marido vivo...
(Nizardo)
Dir. Reservados
Xerinho.