PRÓLOGO
Além da cordilheira dos meus sonhos,
mais alto que o azul que banha o céu
eu vou, porém não sei onde que eu ponho
meus olhos quando vejo os teus ao léu.
Se eu sou um trovador de olhar bisonho,
se eu faço quando a vejo um escarcéu,
os meu motivos são os mais risonhos,
e fazem-me regar versos com mel.
Eu tento te mostrar tudo o que eu sinto,
escrevo os meus sonetos mundo afora,
mas lambo o sal dos fardos por instinto.
Então em minha escrita mais sonora,
removo umas metáforas que pinto,
e o meu exílio sórdido piora.