Nosso amor foi chuva de verão,
que soprou qual forte ventania.
E como o estrondo dum trovão,
logo se aquietou toda a magia...
 
Torrentes de sonhos desvairados
invadiram o íntimo carente,
de repente nos vimos afogados
num querer em vão, inconsequente.
 
Quando o temporal da fantasia,
deu lugar a crua realidade,
vimos os escombros pelo chão.
 
Na nudez da alma muda e fria,
envolvida apenas de saudade,
chove tão somente a solidão...
 

(imagem do google)