O portão

Ontem passei naquela mesma rua
Já era tarde e o sol já declinava
O portão da casinha aberto estava
Entrei amor - só por saudade tua;

Já quase á noite – o clarão da lua
Todo o quintal vazio já clareava
Naquele chão, onde você morava,
Sentia atravessar-me uma pua!

Passaram-se os minutos, talvez horas;
Ao sair – lembrando o quanto choras
Fechei o teu portão – que rangeu triste;

Pareceu-me a tua voz dizendo:
- A cada dia, aos poucos, vou morrendo,
Desde aquele dia em que partiste.


 
Allves
Enviado por Allves em 01/02/2015
Reeditado em 06/02/2020
Código do texto: T5122278
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