Não fui eu!

“Quem falha é sempre o outro, nunca a gente!”

Ninguém assume o seu erro maldito.

Quem rouba vira vítima inocente,

Embora tudo prove o seu delito.

Matou! Mas, não foi ele o delinquente!

Lamenta e chora num teatro rico

De máscaras tingidas plenamente

Até do fingimento mais convicto.

Depois das falcatruas fica mudo.

Com os predicados da jurisprudência,

Replica o advogado; “_Nega tudo!”

Embora seja forte a evidência,

Com o jeito descarado (o seu escudo),

Exibe seu sorriso de inocência!...

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 09/02/2015
Código do texto: T5130938
Classificação de conteúdo: seguro