Carmesim

A noite leva o que há de bom em mim,

Quando no relógio o tic tac do ponteiro,

Despiu-me com frases ditas em latim,

Até pejar de solidão o corpo inteiro,

A angústia noturna que trama enfim,

Rompendo o véu do que hora coabita,

No léu, conspecto as estrelas de festim,

Sobre o céu lunar que o dia premedita,

Não havendo outro modo tão ruim,

Que a ti querer mais que o respirar,

Se ouvido possui, ouça o clarim,

Que os anjos se puseram a tocar,

O dia traz de volta o que não teve fim,

Com a cor do amor, um vivo carmesim,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 14/02/2015
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