Soneto de um Canto Apocalíptico

Quando olhei profundo o infinito

vi a janela do eterno escancarada,

olhar dos deuses, fábula e mito,

foi como um grito surdo à madrugada.

Havia um eco de um silêncio constrito

que percorria aquela noite enluarada,

era o martírio mavioso em meu grito

que estridulava como voz aljofrada.

Então ouvi do vácuo um harpejado

e a melodia então soou do apocalíptico,

foi voz de um anjo, o selo foi quebrado;

foi o soneto de um epílogo elíptico

por onde os deuses jazeram suas eras

então o homem esmoreceu em guerras.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 18/02/2015
Código do texto: T5141119
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