A última valsa
Tomar-te-ei nos braços, em meio a tantos outros pares,
Conduzir-te-ei ao centro do salão, onde ora abraçados,
Procurarei o refúgio, em longínquos oceanos e mares,
Pelo recanto, que há tanto tempo nos tem abrigado.
Embalados pela música suave que, enfim, nos enleve
E envolve em acordes românticos, imerso em devaneios,
Conduzindo-nos para tempo em que, mesmo que breve,
Pousei minha cabeça cansada em teu colo, em teus seios.
Atento a ti, com extremo cuidado para não perder o passo,
Nesta caminhada que agora farei só, sem tua companhia,
Revolvo-me em lembranças, procurando manter o compasso.
Já que não voltarás, como do Titanic a última balsa,
Que poderia fazer este amor culminar em dolente poesia,
Feneço, ainda ouvindo tocar distante nossa última valsa.
Tomar-te-ei nos braços, em meio a tantos outros pares,
Conduzir-te-ei ao centro do salão, onde ora abraçados,
Procurarei o refúgio, em longínquos oceanos e mares,
Pelo recanto, que há tanto tempo nos tem abrigado.
Embalados pela música suave que, enfim, nos enleve
E envolve em acordes românticos, imerso em devaneios,
Conduzindo-nos para tempo em que, mesmo que breve,
Pousei minha cabeça cansada em teu colo, em teus seios.
Atento a ti, com extremo cuidado para não perder o passo,
Nesta caminhada que agora farei só, sem tua companhia,
Revolvo-me em lembranças, procurando manter o compasso.
Já que não voltarás, como do Titanic a última balsa,
Que poderia fazer este amor culminar em dolente poesia,
Feneço, ainda ouvindo tocar distante nossa última valsa.