A DITADURA DA DEMOCRACIA
Sou um escravo desta ditadura
Já disfarçada em vil democracia,
Da qual a sinto em pura rebeldia
Como um pássaro cheio de tortura!
E dela tenho os olhos da amargura
De viver sem estar em sintonia
Com esta podre e atroz soberania
Política, que vive na loucura.
Assisto assim impávido e sereno
Aos cortes de direitos consagrados
E às medidas contra os cidadãos;
Pois um governo de letal veneno
Retira sempre aos mesmos desgraçados,
O que eles suam pelas próprias mãos.
Ângelo Augusto