PAIXÃO REVIVIDA

As paisagens que moram em mim

Os pincéis da saudade repintaram

E dos meus passos todas as pegadas

Em poucos segundos refizeram

O bom uso da palavra foi inútil

Rasgando o peito, desfiz os ninhos.

Não achei dos labirintos, as saídas.

Assumi as farpas desses espinhos.

Confusa, minha poesia ficou torta.

Versos úmidos, impregnados desse sumo.

A razão, num delírio, perdeu o rumo.

Entendi que essa paixão não era morta

E revivendo os mais dementes desejos.

Vi a boca esfomeada a pedir beijos.

Glória Salles

-Registro na Biblioteca Nacional

-Ministério da Cultura

-E.D.A. —

Glória Salless
Enviado por Glória Salless em 21/02/2015
Código do texto: T5144510
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