NA APONTA DO LÁPIS
Nos prados do mundo sou lápis com ponta,
Grafite nas rochas, fiel emissário,
Que marca o compasso e mergulha na conta,
De cada mistério que esconde o rosário.
E nesse segredo dos tais sentimentos,
Procuro por ti meu amado varão,
E escrevo o silêncio dos longos momentos,
Que aguardo na porta do teu coração.
Por vezes fiquei do existir despontada,
E para seguir precisei ser cortada,
Pois, lápis sem ponta não cunha o fervor.
Aponto o olhar como parte dos riscos,
Repleta de sonhos renovo os rabiscos,
Na ponta do lápis desenho o amor.