O Amor e o Oleiro!

Não fale de amor, dessa tal felicidade

Nem tão pouco fale de suas alacridades

Há muito o vento não sopra a seu favor

Primavera em preto e branco, incolor.

Não rasgue o véu do tempo em partes

Desbotando pelo avesso os seus trajes

Cinzas nuvens anunciam chuva esperada

Barrento torna o chão da sinuosa estrada.

Não! Não me fale, mantenha o silencio

Fuja nas asas do vento, os ares são puros

Os olhos d'alma enxergam cores no futuro.

Não! Não pise o barro prestes a tornar vaso

Pronto a receber as flores sólidas do inverno

Hão de exalar suave aroma sempterno.

Luzia Ditzz,

Campinas, 05 de março de 2015.