Náufraga
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Maria de Fatima Delfina de Moraes
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O coração aportou no cais dos teus desejos
no mar revolto, de uma paixão tão desmedida
perdeu-se nas loucuras dos teus beijos
onde a alma e o corpo meus, foram envoltos.
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Não imaginas as saudades que revivo
meu coração em outro amor não vê sentido
e tatuado pelos delírios da emoção
do amor entre nós vivido, está perdido.
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Corri o mundo em muitas naus, terras distantes,
mas o desejo em meu coração, se fez errante
mortificando-se nas saudades de nós dois.
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Oh, amado! Não sei o que será do meu futuro,
se acorrentada estou ao teu passado
hoje sou náufraga, a sofrer desilusões.
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