Constrita


Constrita, ao ver a mulher amada, como vejo
Agora, despida da aura vã como a cultuava,
Expressando em seus poemas o incontido desejo
De ter-me a seu lado, como quando a amava.

Repete as mesmas juras de amor, hoje vejo insanas,
Diz que um dia me idolatrou e buscou como alimento,
Contudo, abandonou o humilde recanto, a choupana
Onde por vezes nos amamos e ouvi seus lamentos.

Fala de sonhos que sonhou, hoje impossíveis julgados,
Diz-se frágil, que se vê depreciada, a perder o valor
Que mais que outros lhe atribuí enquanto amado.

Com o coração atribulado, amargurado, a fenecer,
Não pôde pagar o valor que sabia do imenso amor
Que lhe dei e que durará pelo tempo que eu viver.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 24/03/2015
Reeditado em 24/03/2015
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