Soneto a Carcaça
Pálida alma agora está na cova
Rasa que escavou ante essa feiúra
Sangrenta que jaz no inferno na prova...
Como verme a devorar na sepultura.
Carcaça pútrida que a fúria renova
Aqui te entregavas ao ódio e a secura
Homem abjeto jaz na tumba nova
O tempo de dores ocultas na sepultura.
O teu pesar é interminável, já partiste
Deste raso cemitério infeliz e cruel
Sepsia tumular te persegue na agonia.
Maldição na morte com melancolia
Abrigando este mal que aqui persiste
Este ócio infernal, insano e infiel.
DR FLYNN