Soneto a Carcaça

Pálida alma agora está na cova

Rasa que escavou ante essa feiúra

Sangrenta que jaz no inferno na prova...

Como verme a devorar na sepultura.

Carcaça pútrida que a fúria renova

Aqui te entregavas ao ódio e a secura

Homem abjeto jaz na tumba nova

O tempo de dores ocultas na sepultura.

O teu pesar é interminável, já partiste

Deste raso cemitério infeliz e cruel

Sepsia tumular te persegue na agonia.

Maldição na morte com melancolia

Abrigando este mal que aqui persiste

Este ócio infernal, insano e infiel.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 08/06/2007
Reeditado em 09/06/2009
Código do texto: T518433
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