Vício

Louca! Agora eu sei, por esse amar.

Embriaguez alta, no escuro, morta,

Veneno que deixei-me sentir e estar,

Sem a cura que vem agora pela porta...

Bêbada! sim, e o tempo já não importa

Se já não finjo estar viva, dor, sem lar.

Em meio ao vício, sem procurar o ar.

Querer-te , assim, tão louca, absorta!

Cega! sem futuro, dia ou noite, e não vês...

tantas imagens e linhas minhas e não lês

Sem um olhar, suspiro, beijo, teu ou meu!

Fico assim, sonhando-me em seus braços!

Em uma névoa, e na morte, feliz em abraços... .

Porque neste tempo, todo seu mundo, fui eu!...