Sublimação

Desatam-se os nós dos singelos vestidos

E forma-se o quadro com mãos tão pequenas

Subindo e descendo pintando as arenas

Dos corpos em transe das almas despidos

Transpiram as ânsias de ledices plenas

Pairando nos ares ecoam libidos

Os corpos se elevam além dos sentidos

Em fluidos feitos de vozes obscenas

Arfantes os urros de vontades santas

Liberam desejos sutis das gargantas

O aríete morno penetra profundo

Rompendo as portas de um covil no céu

E o quadro pintado a um duro pincel

Liberta a um tempo os gozos do mundo

Áquila Teófilo
Enviado por Áquila Teófilo em 02/04/2015
Reeditado em 02/04/2015
Código do texto: T5192113
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