Soneto do Cúpido
Fecho o coração onde haja esperança,
Destilo meus olhares á minha vida,
Pois me convença e logo me alcança,
São as retinas dessa angústia dividida!
Todo o meu viver não é herança,
O amor não é uma palavra proibida,
É o cúpido do anjo, que aponta uma lança!
Flechou com o amor do sarcasmo
Alucina o meu olhar desse beijo que te rouba,
Imagino várias vezes em tom alto,
Tudo é melhor do seu jeito, eu fico pasmo,
Do que me fizeste me devora e me louva,
Como nos eternos tempos até palto!