ÚLTIMA MORADA
Vivendo na inquietude das fantasmagóricas
Serpentes tenebrosas que picam a essência
E destilam veneno em minha consciência
Sem permitir a ampla defesa ou retóricas...
Eu sigo em desalinho pelo espaço etéreo
Na imensidão da dor que me rasga e extermina
Com a alma entregue à sorte e a vida exposta à sina
De um colossal cortejo lúgubre e funéreo...
E nada me restou, ninguém escuta o grito
Do meu peito infeliz que cai podre e contrito
N’um último suspiro e bate em retirada...
Amigos? – Me sobraram, quatro, entre os escombros!
E são eles que vão me carregar nos ombros
Pros vermes que me esperam n'última morada...
(Nizardo)
Poesia registrada.
Xerinho.