Poça de sangue

!Poça de sangue!

Dias como quem parte para nunca mais voltar,

Feito navios, despedindo-se dos cais no porto,

Meus olhos marejados, cegaram o meu corpo,

E se perderam na escura profundeza do mar...

Feito quem tem sonhos e sombrios pesadelos,

E como se eu exumasse, o meu próprio corpo,

Jazem em meu olhar velado apenas um sopro,

E as mãos amputadas pelos saudosos desejos.

Não faço drama no mais profundo dos abismos,

Quando me lancei, quando me deixas-te, amor!

Enterrei sentimentos-vivos, na enlameada dor...

Fui a todos céus e infernos e da vida quero cor.

Como se eu mergulhasse num eterno mangue,

E minh'alma congelada numa poça de sangue.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 13/04/2015
Código do texto: T5205632
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