"Às vezes a gente pensa que está dizendo bobagens e está fazendo poesia."
Mario Quintana
Cosedura
Que coisa, seu poeta! Que besteira!
Um versinho aqui, outro acolá.
Aquela rima em sol, a outra em lá.
Um sabiá num pé de laranjeira.
Um menino a rolar na ribanceira.
Um velho pai de santo no terreiro.
Um carnaval depois de fevereiro.
Um rombo na ciranda financeira.
Um verso, uma rima, um soneto.
Um osso a mais no pé do esqueleto.
Um rolo de papel sem serventia.
Assim, segue a coser rima por rima
e mesmo que não cosa a obra prima,
faz um ponto ou um nó de poesia.
Mario Quintana
Cosedura
Que coisa, seu poeta! Que besteira!
Um versinho aqui, outro acolá.
Aquela rima em sol, a outra em lá.
Um sabiá num pé de laranjeira.
Um menino a rolar na ribanceira.
Um velho pai de santo no terreiro.
Um carnaval depois de fevereiro.
Um rombo na ciranda financeira.
Um verso, uma rima, um soneto.
Um osso a mais no pé do esqueleto.
Um rolo de papel sem serventia.
Assim, segue a coser rima por rima
e mesmo que não cosa a obra prima,
faz um ponto ou um nó de poesia.