"Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data."
Luis Fernando Veríssimo
A Folha marrom: editorial de 31 de fevereiro de 2020.
Li, numa dessas folhas de jornal
que se arvoram de toda a isenção,
a mais tendenciosa opinião
que se possa escrever num edital.
Falava sobre o bem que o capital
trazia para a classe proletária:
bem mais do que a tal reforma agrária,
ou outro benefício social.
Enaltecia o lucro, o banqueiro...
a força propulsora do dinheiro:
"o bem maior de todo a humanidade."
Parei de ler jornal, desde então,
por ter chegado à triste conclusão
de que nem mesmo a data é de verdade.
Luis Fernando Veríssimo
A Folha marrom: editorial de 31 de fevereiro de 2020.
Li, numa dessas folhas de jornal
que se arvoram de toda a isenção,
a mais tendenciosa opinião
que se possa escrever num edital.
Falava sobre o bem que o capital
trazia para a classe proletária:
bem mais do que a tal reforma agrária,
ou outro benefício social.
Enaltecia o lucro, o banqueiro...
a força propulsora do dinheiro:
"o bem maior de todo a humanidade."
Parei de ler jornal, desde então,
por ter chegado à triste conclusão
de que nem mesmo a data é de verdade.