"Das cartas que me escreves, faço barcos de papel"
Mario Quintana
Barquinho de papel
Navego o meu barquinho de papel,
desde que me entendo como gente.
Seguia o curso d'água da enchente,
como deve seguir um cão fiel.
A chuva, feito lágrimas do céu,
levava, de roldão, qualquer tristeza.
E o barco, a deslizar na correnteza,
levava, pra bem longe, todo o fel.
Hoje faço barquinhos virtuais,
com as notícias postas nos jornais,
sobre rios de sangue e o mar de lama.
Faço da suas cartas de amor
um barquinho sem remo e sem motor,
pois quem as escreveu já não me ama.
Mario Quintana
Barquinho de papel
Navego o meu barquinho de papel,
desde que me entendo como gente.
Seguia o curso d'água da enchente,
como deve seguir um cão fiel.
A chuva, feito lágrimas do céu,
levava, de roldão, qualquer tristeza.
E o barco, a deslizar na correnteza,
levava, pra bem longe, todo o fel.
Hoje faço barquinhos virtuais,
com as notícias postas nos jornais,
sobre rios de sangue e o mar de lama.
Faço da suas cartas de amor
um barquinho sem remo e sem motor,
pois quem as escreveu já não me ama.