Mundano (Sátira "a la Bocage")
Assecla, que eu sou, do amor mundano
que os lupanares têm com opulência:
um amor que ainda dói na consiência;
um amor eternamente tão profano...
Sigo na vida aos poucos me ofertando
à execração das mentes puritanas,
que, de soberbas, impias e sacanas,
pecam na mesma mão que está rezando.
Aos sectários meus, dos descaminhos...
convido a brindar a liberdade
de dar e receber lassos carinhos
e não sofrer a dor da santidade.
E que os pudicos sigam seus caminhos,
a masturbar a imensa falsidade.
Assecla, que eu sou, do amor mundano
que os lupanares têm com opulência:
um amor que ainda dói na consiência;
um amor eternamente tão profano...
Sigo na vida aos poucos me ofertando
à execração das mentes puritanas,
que, de soberbas, impias e sacanas,
pecam na mesma mão que está rezando.
Aos sectários meus, dos descaminhos...
convido a brindar a liberdade
de dar e receber lassos carinhos
e não sofrer a dor da santidade.
E que os pudicos sigam seus caminhos,
a masturbar a imensa falsidade.