Caixão de Ossos
Mármore frio fere o ser na sepultura
Cemitério diuturno na dor envolve
Carcaça abjeta e execrável não remove
Infausto esquife a abafar a criatura.
Tanta empáfia no conto da loucura
Nocivo entrega-se a luxúria que move
Essa ossada de cor sépia não resolve
Na alma fantasmagórica sem cura.
Ossos como lembrança da procela
Nata débil e maldita e sua seqüela
E no final só um frágil e frígido osso.
Restos sórdidos no circunflexo mal
Que assola este maldito e vil anormal
Mesquinhez triste que sobra neste poço.
DR FLYNN