Caixão de Ossos

Mármore frio fere o ser na sepultura

Cemitério diuturno na dor envolve

Carcaça abjeta e execrável não remove

Infausto esquife a abafar a criatura.

Tanta empáfia no conto da loucura

Nocivo entrega-se a luxúria que move

Essa ossada de cor sépia não resolve

Na alma fantasmagórica sem cura.

Ossos como lembrança da procela

Nata débil e maldita e sua seqüela

E no final só um frágil e frígido osso.

Restos sórdidos no circunflexo mal

Que assola este maldito e vil anormal

Mesquinhez triste que sobra neste poço.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 12/06/2007
Reeditado em 12/06/2007
Código do texto: T523545