SUAVEMENTE

Enquanto dorme a lua te acompanha,

Estende sua luz por teus cabelos, suavemente

Vai do semblante ao colo e lentamente

Todas as curvas e vales do teu corpo banha;

Eu invejo a janela da tua cabana,

Por isto choro e rogo inutilmente,

Pra seguir o curso da lua refulgente,

Pra ter certeza que o amor não me engana;

Hei de entrar igual a lua em teu aposento,

Igual a ela teu leito visitar, assim, almejo...

Igual a ela de teus lábio aproximar-me,

Igual a ela respirar teu doce alento...

E suavemente, nos teus lábios depositar um beijo,

E depois, puro, trêmulo, mudo, retirar-me.

Oziris
Enviado por Oziris em 11/05/2015
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