Devagar
Eu tive vida, e não vivi bastante;
Desperdicei o tempo, inutilmente:
Busquei a alegria, relutante,
Mas nunca fui feliz completamente.
Os meus sorrisos foram inconstantes;
Os meus amigos se fizeram ausentes;
E aquilo que julguei mais importante,
Deixou-me abandonado e deprimente...
Não quero mais viver dessa maneira:
Correr atrás de uma alegria passageira,
E atrás do mesmo amor, que insiste em maltratar...
Talvez, eu fique só, mas digo com franqueza,
Que até me acostumei sentir tanta tristeza,
Mas, essa solidão, me mata devagar.