Açucena.
Que de outra interpretação careço,
Se de tal sentir me acho esclarecido,
Escrevi, pois pensei ser entendido,
E não mais pensar, penso que mereço,
Seria o sentir que tudo opera e cria?
Ai de mim, em apressar de ti ter pena,
Devo já, repor no instante a energia,
Que gastei em vão a cortejar açucena,
Que audaz a alcunha dessa pequena
há ter de mim roubado a alegria,
quem com destreza tanta se faz ingênua,
há causar-me a graça de ter real agonia,
Pois peço, que doutro modo devo agir?
Recusa-me amar sem ao menos existir,