Açucena.

Que de outra interpretação careço,

Se de tal sentir me acho esclarecido,

Escrevi, pois pensei ser entendido,

E não mais pensar, penso que mereço,

Seria o sentir que tudo opera e cria?

Ai de mim, em apressar de ti ter pena,

Devo já, repor no instante a energia,

Que gastei em vão a cortejar açucena,

Que audaz a alcunha dessa pequena

há ter de mim roubado a alegria,

quem com destreza tanta se faz ingênua,

há causar-me a graça de ter real agonia,

Pois peço, que doutro modo devo agir?

Recusa-me amar sem ao menos existir,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 14/05/2015
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