Silêncio Vivo

Tanta cor não cabe no meu silêncio

arrancam gritos da alma que sangra

circundada de horizontes vermelhos

manchando as mãos de ternuras.

Tanto canto pousa dos pássaros

é mais que uma melodia

é uma orquestra do voar dos passos

tecendo a geografia dos dias.

Falam das sombras todas as fantasias

caindo sobre meus ombros

imperturbáveis pintam coreografias dos anjos.

Azuis são minha sonolentas ilhas

vívidos instantes sobre os escombros

abortando dos olhos, os sonhos.

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 21/05/2015
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