A uma Vampira

Morena e branca a aparecer em cuja tez

Deixa ver por seus decotes a nobreza

Que ferve a libido com tanta beleza

Deste poeta padecido de amor e altivez.

Num erétil corpo de um mal sem cura

Toda de preto com marcas na pele

Que rainha da noite que não me repele

Vejo os olhos azuis numa torpe doçura.

Com o seu semblante alvo na vermelhidão

Na ira da roupa surreal que incomoda

Cegando os homens na sua depravação.

Em vez de olhar ela sorri aos seus cativos

Para os olhos apaixonados dos lascivos

Um desafio no cruzar de pernas sem ação.

DR PAVLOV

Dr Pavlov
Enviado por Dr Pavlov em 13/06/2007
Reeditado em 10/10/2008
Código do texto: T525437
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