A uma Vampira
Morena e branca a aparecer em cuja tez
Deixa ver por seus decotes a nobreza
Que ferve a libido com tanta beleza
Deste poeta padecido de amor e altivez.
Num erétil corpo de um mal sem cura
Toda de preto com marcas na pele
Que rainha da noite que não me repele
Vejo os olhos azuis numa torpe doçura.
Com o seu semblante alvo na vermelhidão
Na ira da roupa surreal que incomoda
Cegando os homens na sua depravação.
Em vez de olhar ela sorri aos seus cativos
Para os olhos apaixonados dos lascivos
Um desafio no cruzar de pernas sem ação.
DR PAVLOV