A Má Sorte
Punição ao retornar assim descreve
Somente ao Hades deus fiel da morte
Nos infernos jaz a mão que se atreve
A Arte no tempo conciso da má sorte.
Além dos mausoléus famigerados
No cemitério dos ricos e obscuros
Jaz meu coração nos jazigos impuros
Ouvem-se acordes dolentes e afinados.
Muita dor ali jaz imóvel o amaldiçoado
Em meio à treva da amnésia eterna
Esquivo e putrefeito morto na caverna.
Uma flor negra que exala o medo
Seu perfume impregnando o segredo
No mais abissal e lento isolamento.
DR PAVLOV