Ao Nilo
A vós viajando vou, estreito molhados
Nessa foz que serpenteia os descobertos
Que, para auferir os barcos estás abertos
E, por não merecerem, estão eivados.
A vós, ó marítimos olhos, eclipsados
Do sangue dos homens nada espertos
Pois, não perdoa os erros despertos
Por não argüir estes vis estais marcados.
A vós ó rio dos vivos e mortos do Egito
A vós ó sangue vertido para vencer
As maldições das lembranças em atrito.
Vereda imponente, quer a tua água
Nos cravos preciosos, que deságua
Para ficar unido, atado ao antigo Egito.
DR PAVLOV