O TEMPO PASSA.

“O limbo que reveste as nossas possibilidades, consome muito do nosso ser até que se faça menos escorregadio”.

MJ.

São dois poetas carentes em seus afetos,

Deslumbrando no desamor uma nova espera,

Um pergunta para ou outro por onde andou,

Este responde sempre estive a tua espera.

O tempo passa e as angustias se avolumam,

Vem à idade e o ser contrito não fez amor,

A gora resta-lhes observar aos vaga-lumes,

Pois estes sim se enamoram com esplendor.

Duas almas já maduras também se fundem,

Encontram forças para o desfrute almejado,

E então a espera desesperada hora sucumbe.

Os dois poetas se reencontram num ponto X,

Quando se tocam saem fagulhas incendiárias,

Eles se amam e nem de longe nada maldizem.

LUSO POEMAS 01/06/15