SONETO DE OUTONO

O outono cinzento acentua
uma dor no peito incontida,
na penumbra da vida continua
a voz do amor emudecida...
 
As folhas se soltam desvalidas
e ao chão caídas perdem a cor,
do olhar rolam lágrimas sentidas,
a alma impotente, sem amor...
 
Soturnas as horas se deslizam
na friagem do tempo que se esvai,
enquanto sentimentos agonizam...
 
Qual folhas levadas pelo vento,
os sonhos se dispersam pelo ar,
findando todo o encantamento...


(imagem do google)