quarto

a manhã desdobra folhas

entre ruídos amassados

e palpitações da luz

objetos indistintos pulsam

na penumbra do que é

sonho mas já acordou

e avança adivinhando

a imprevista aurora

e escorrega do corpo

insônia ou pesadelo

ou simples delírio porém

a ternura da pele

devolve a lucidez

que havia se exilado

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 03/06/2015
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