Lembranças de São João
Os fogos, num balé alucinante,
dançam por entre nuvens de fumaça.
No peito, a saudade dói de graça,
enquanto o coração bate distante.
É junho... o luar meu pranto embaça,
distorce a visão da lua cheia,
enquanto o sangue vaga pela veia
na dor dessa saudade que não passa.
Meu Deus, como quisera ser criança!
Gritar para assustar a vizinhança
na noite enluarada de São João.
Pisar na brasa rubra da fogueira,
à espera de achar alguém que queira
a cinza que me embota o coração.
Os fogos, num balé alucinante,
dançam por entre nuvens de fumaça.
No peito, a saudade dói de graça,
enquanto o coração bate distante.
É junho... o luar meu pranto embaça,
distorce a visão da lua cheia,
enquanto o sangue vaga pela veia
na dor dessa saudade que não passa.
Meu Deus, como quisera ser criança!
Gritar para assustar a vizinhança
na noite enluarada de São João.
Pisar na brasa rubra da fogueira,
à espera de achar alguém que queira
a cinza que me embota o coração.