Terpsícore
Ó musa de olhar doce e fulgente,
candente qual estrela luzidia,
olhar de quem enxerga a poesia
que ainda nem nasceu dentro da gente.
Ó musa, minha musa indulgente,
que mexe no meu peito, sem pudor,
atrás de algum broto de amor
que ainda nem deixou de ser semente.
Ó musa que afina o tom da lira
e entoa os acordes de mentira,
que o estro de poeta ora ensaia,
tem pena deste vil parnasiano.
Não deixes que eu beba um oceano
e pereça de sede em tua praia.
Ó musa de olhar doce e fulgente,
candente qual estrela luzidia,
olhar de quem enxerga a poesia
que ainda nem nasceu dentro da gente.
Ó musa, minha musa indulgente,
que mexe no meu peito, sem pudor,
atrás de algum broto de amor
que ainda nem deixou de ser semente.
Ó musa que afina o tom da lira
e entoa os acordes de mentira,
que o estro de poeta ora ensaia,
tem pena deste vil parnasiano.
Não deixes que eu beba um oceano
e pereça de sede em tua praia.