Enfim.

Esse tempo que ruge sem dó,

E essa caquética forma de mim,

Na forma de carbono ou pó,

No êxtase inadiável do fim,

A pele a forma vivaz de tisne,

A fala uma rouquidão sem nota,

É noite, quando o valsar do cisne,

É dia, um conto fugas, anedota,

E eis que ser não se basta,

Ante a forma visceral que tem a flor,

Pois, não ser, é um ser sem graça,

Uma amorfa forma do amor,

E esse tempo que rende e não cai,

Essa dor que nos pende e não sai,

Andre Santana
Enviado por Andre Santana em 18/06/2015
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