Procela Imortal

Arremedos contra todo o mal chegado

Da urna funérea emana um odor odioso

Moram sós na acrópole do anjo rancoroso

Na morte no ermo cemitério tão execrado.

Meu ser perdi nas orgias das infindas noites

Em busca de prazeres no ritmo dos açoites

Irrequieto corpo abominável deste ancestral

Na alma de um velho demônio no pedestal.

A lúgubre fala do espectro nas brumas

Lamentação imortal no fogo e sua lenha

Acompanha o pêndulo do tempo empenha.

Entre ácidos delatores, na herança maldita

Espólio de uma bruxa hidrópica e bendita

Dama seva do ocidente e suas terríveis lamas.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 15/06/2007
Reeditado em 14/10/2008
Código do texto: T528530
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