Chuva de Verão

São águas imensas que me levam pensar

Como abismo perigoso neste meu querer

São vidas que este amor não deixa viver

Tornando pesadelo um simples atravessar.

Como sem demora cai a chuva lá fora.

Na penumbra de um quarto vibra este corpo.

Estendido, apaixonado, fraco quase morto.

Cansa, mas de amor canta e de suor se molha.

Entre muitas promessas tão bem ditas,

repetidas em delirantes aconchegos, mas esquecidas.

Corriqueiras são e ardentes como juras de paixão.

Que no amanhecer chora o amante por saber se é ternura,

se desejo não pensado, fixação, prazer ou se pura loucura.

Como gostosa e perigosa chuva em tarde escura de verão.

Mário De Oliveira RSA
Enviado por Mário De Oliveira RSA em 29/06/2015
Código do texto: T5293779
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