PIEDADE - Poesia nº 56 do meu primeiro livro "Em todos os sentidos"

Tudo o que houver na terra tu permites?

E tudo que se faz é compromisso?

Então, eu, ficar mais triste do que isso

Não posso; coração meu tem limites!

Estou falando da tal piedade,

Qual meus olhos, por ela se consomem

Em lágrimas, no bem de cada homem;

Pelas feridas cruas da verdade!

Só na dor que pedindo assim te fala;

É como o desespero a peito aberto

Fechar-se, se tua ajuda assim se cala!

Ela que corta a carne de tão perto,

Sentimento em sangue, a nós, abala,

Pelo perdão do mundo, a ti, deserto!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 12/07/2015
Código do texto: T5308510
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