DE QUALQUER FORMA UM SONETO DISFORME

Buscava eu assim, em linhas vãs

Suscitar um tema, sei lá, por teima.

Casar lógicas de uma rima sã

Que nesse meu verso atiça e queima.

Ao feitio de missa pronta e retórica

Ou escrevendo qualquer modo à toa,

Revolvo célere a minha prosódia

Na estrofe fútil que agora soa.

Neste ponto, arremedo um soneto,

Mas sem atentar para a métrica,

Terminando meu terceto.

Ao final, arrebanho os louros

Noutro terceto em réplica

Faltando a chave de ouro.

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 05/08/2015
Código do texto: T5335409
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